ATA DA TRIGÉSIMA OITAVA SESSÃO SOLENE DA SEXTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 18.08.1988.

 


Aos dezoito dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e oitenta e oito reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Trigésima Oitava Sessão Solene da Sexta Sessão Legislativa Ordinária da Nona Legislatura, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. Ary Veiga Sanhudo, concedido através do Projeto de Resolução n.º 56/87 (proc. n.º 2755/87). Às dezessete horas e trinta e um minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e convidou os Líderes de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes. Compuseram a Mesa: Ver. Artur Zanella, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, neste ato, no exercício da Presidência; Dr. Cileno Montenegro Barbosa, Juiz togado da Justiça do Trabalho; Dr. Paulo Emílio Barbosa, Promotor de Justiça, representando, neste ato, o Procurador-Geral de Justiça do Estado, Dr. José Sanfelice Neto; Jorn. Nelson Queiróz, representando, neste ato, o Presidente da Associação Rio-grandense de Imprensa, ARI, Jorn. Alberto André; Sr. Ary Veiga Sanhudo, Homenageado; Sra. Zilda Montenegro Sanhudo, Esposa do Homenageado; Ver. Aranha Filho, proponente da Sessão e, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Sr. Presidente concedeu a palavra ao Ver. Aranha Filho que, em nome das Bancadas do PFL, PDS, PMDB, PL e PDT, discorreu sobre a vida do Homenageado, salientando sua atuação como homem público e ex-Vereador da Câmara Municipal de Porto Alegre, que chegou a presidir. Ao finalizar disse que esta Casa, ao conceder o presente título, resgata uma dívida da nossa comunidade com quem muito fez pela Cidade. A seguir, o Sr. Presidente convidou os presentes a, de pé, assistirem à entrega, pelo Ver. Aranha Filho, do Título de Cidadão Emérito ao Sr. Ary Veiga Sanhudo e concedeu a palavra a S. Sa. , que agradeceu a homenagem prestada pela Casa. Em continuidade, o Sr. Presidente fez pronunciamento alusivo à solenidade e concedeu a palavra a Sra. Oraina Veiga Sanhudo, para que, como filha do Homenageado, o saudasse em nome dos familiares. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente levantou os trabalhos às dezoito horas e três minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária a ser realizada amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Artur Zanella e secretariados pela Ver. Aranha Filho, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Aranha Filho, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1ª Secretária.

 

O SR. PRESIDENTE (Artur Zanella): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene. Usará da palavra o Ver. Aranha Filho, autor da proposição, que falará em nome das Bancadas do PFL, PDS, PMDB, PL e PDT, com assento nesta Casa.

 

O SR. ARANHA FILHO: (Menciona os componentes da Mesa.)  Srs. Vereadores, familiares do homenageado e Srs. Convidados. Em primeiro lugar, eu diria da minha satisfação em não só representar o meu Partido da Frente Liberal, neste Ato, mas representar, também, as Bancadas do PDS, do PMDB, do PF e do PDT. Eu diria que é uma frente bastante forte neste momento da vida política, e diria, também, da minha satisfação em representar todos esses Partidos. Mas vale, Sr. homenageado, Srs. Presentes, que esta Casa vivenciou, nestes dois últimos dias, momentos muito sérios para a vida da nossa Cidade, pois iniciamos aqui o processo de votação do Projeto Praia do Guaíba, projeto por demais polêmico. Este processo de votação iniciou ontem e prosseguiu hoje pela manhã, somente encerrando-se hoje às 15 horas. Por esta razão, muitos Vereadores não se encontram presentes. Eu diria que a estafa é bastante grande e calculo que o Sr. Presidente também irá mencionar este fato. (Lê.) “O caminho rural que hoje é a Avenida Prof. Oscar Pereira, no ano de 1884 era descrito por Felicíssimo de Azevedo como um verdadeiro calvário, que precisaria ser nivelado e desaterrado na colina dos cemitérios para se tornar transitável. A Estrada Nunes, hoje Rua Nunes, oficialmente aberta em 1883 pela família de igual nome, visava uma ligação entre a Cavalhada e Belém Velho. Essa família Nunes promoveu a abertura de outras ruas do bairro Glória e o seu parcelamento. Em 1896, o Coronel Manoel Py, dirigente da Companhia Carris, levava o transporte coletivo – através dos trilhos – até em frente da novel Capela Nossa Senhora da Glória.” Nessas palavras do escritor Sergio da Costa Franco, nos baseamos para narrar as origens do bairro Glória, onde nasceu em 18.03.1915, filho de modesto negociante de secos e molhados José Correa Sanhudo e de Maria Alice Cabral Sanhudo, nosso homenageado. 

O simpático e intelectual cidadão que hoje estamos homenageando também foi pescador na Lagoa dos Patos, transportador de carvão, lenhador e cicerone no Rio de Janeiro.

- São Pedro, apóstolo, também foi pescador!

- Abraão Lincoln, Presidente dos Estados Unidos da América, também foi lenhador!

Ele, trabalhando como funcionário público, estudava à noite no curso de Ciências Jurídicas e Sociais da Faculdade de Direito da Universidade Federal do RS, onde colou grau em 1951 e, também, desenvolvia a atividade jornalística junto com epistografía, tendo sido considerado o maior epistógrafo da América do Sul, com correspondências recebidas e respondidas em seis idiomas, abrangendo até o internacional Esperanto.

Em 1952 tomou posse na cadeira de Vereador de Porto Alegre, eleito pelo PSP – Partido Social Progressista – onde foi o “fiel da balança” do nosso Legislativo, pois, seu voto – devido a composição da Câmara – era decisivo.

Foi Vereador combativo, franco e audaz, legislando competentemente devido a sua formação literária e humanista. Foi um forte em nossa tribuna. Presidiu Comissões Permanentes e Especiais, chegando à Presidência desta Casa!

Ele é um dos historiadores natos de Porto Alegre e no exercício da vereança, em 1957, foi de sua autoria o Projeto de Lei que traçou os bairros de nossa Capital, delimitando seus espaços e consagrando suas denominações.

Em 1963, na qualidade de suplente, apresentou o Projeto de Lei nº 22/63 – projeto da saudade – restituindo os nomes tradicionais dos nosso logradouros públicos antigos. Exemplo: Rua dos Andradas = Rua da Praia, etc. Ainda hoje, tramitam projetos semelhantes sobre a matéria.

Na gestão de Sereno Chaise, como Prefeito, ele ocupou o cargo de Secretário Municipal dos Transportes, desempenhando um bom trabalho.

Meus Senhores e minhas Senhoras, queridos familiares do Dr. Ary Veiga Sanhudo, “melhor se beneficia quem melhor serve” este é o lema do Rotary Club. E no Rotary Club Sudeste de Porto Alegre o nosso homenageado chegou à presidência no ano de 1961.

Em 1968, se aposentou como Procurador do Estado, tendo ainda sido advogado da Companhia Nacional de Seguros Ipiranga e da colônia japonesa do Rio Grande do Sul.

Meus pares e colegas Vereadores, na época em que estamos buscando humanização no ordenamento urbano de Porto Alegre, a figura de admirável pesquisador, do nosso homenageado, é – como suas obras – uma espécie de fiscal honorário de nossa urbe.

A bibliografia porto-alegrense adquiriu maioridade a partir da obra: “Crônica da minha Cidade”, que materializa nosso traçado urbano com suas personagens, suas épocas e seus costumes.

Portanto, estamos, neste ato solene, resgatando uma dívida de condecoração e outorgando ao escritor – amante desta Cidade – Ary Veiga Sanhudo – o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre.

É pouco que fazemos a um grande cidadão de caráter reto, exemplar e cívico. Sou grato. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Esta Presidência solicita ao Ver. Aranha Filho que S. Exa. faça a entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito ao Sr. ex-Vereador, Ary Veiga Sanhudo.

 

(O Ver. Aranha Filho procede à entrega do título.)

 

Concedemos a palavra, neste momento, ao homenageado, Sr. Ary Veiga Sanhudo.

 

O SR. ARY VEIGA SANHUDO: Sr. Presidente, minhas senhoras e meus senhores presentes, Ver. Aranha Filho. Estou demasiadamente emocionado, vocês podem imaginar e gostaria de fazer um discurso ameno, recordando as coisas do passado que eu elaborei com zelo. É uma emoção imaginária que é a minha presença nesta Casa, para dizer o seguinte e dizer um fato que vem acontecendo comigo desde que entrei nesta Câmara: tenho sonhado diversas vezes que estou na Câmara e fico intrigado com isso, por que estou na Câmara? Eu não fui eleito, não tem nada a ver. Faz 25 anos que estou afastado, mas não é que um dia eu recebo esta homenagem e fico feliz de vir à Câmara falar. Iniciei a homenagem que eu considero muito grandiosa e este é um assunto para a psicologia que não entendo absolutamente nada, mas a verdade é que há os sonhos de sempre, nesses 25 anos eu sonho com a Câmara, sonhava que era recebido e ficava intrigado, mas um dia iria comparecer a esta Casa.

Agora, falar sobre a minha vida o ilustre Vereador já contou tanta coisa que é desnecessário eu falar. Em primeiro lugar, eu quero dizer que eu entrei aqui na Câmara em 1952 e ali fiquei muitos anos. Já fui homenageado nesta Câmara e fui convocado pelo Secretário Municipal dos Transportes para falar sobre estacionamento. Isso em maio de 1964. E outra coisa é que estive aqui em 1952 até 1955. Esta Legislatura eu trabalhei muito e quando terminou o meu mandato em 1955 eu fiquei apavorado. Eu fiz um mandato de 5 ano, ganhei dinheiro do povo, trabalhei para ele e não fiz nada; eu tinha um projeto de lei, e não sabia o que fazer. Mas acontece que fiquei de suplente. Ganhei, na primeira eleição, por 6 votos e perdi a segunda eleição por 11 votos. Então, comecei a pensar. Nasci nesta Cidade e vivia para cá e para lá, conversando com um e com outro. Comecei a pensar: a Cidade tem bairros, mas ninguém sabe onde fica Petrópolis, Azenha, Menino Deus. Eis que, como suplente, um belo dia, a Câmara me convoca para comparecer, como suplente de Vereador, e eu não tive nenhuma dúvida. No dia 15 de julho de 1957, foi isto. Fiz o Projeto de Lei de 61 bairros, delimitei e oficializei os bairros de Porto Alegre, quer dizer, procurei oficializar, e apresentei à Câmara. Quando este Projeto caiu no Plenário, foi uma chuva de críticas: que era inconstitucional, que era demagógico. Eu fiquei tranqüilo, pois sabia o que queria. Mas eu tinha lido no “Correio do Povo” sobre o Silva, e falei com ele, e ele disse: “traz todos os dias, um trabalho sobre o Projeto”. Então comecei, todos os dias a fazer uma crônica sobre cada bairro de Porto Alegre. Escrevi mais de mil crônicas. Mas tinha todo o ano de 1958 e o ano de 1959 e, então, neste tempo todo, consegui congregar os bairros e endereçar às pessoas. Fazia palestras, conferências, escrevia. O Projeto estava aqui na Câmara, mas eu trabalhava lá fora. E lutei muito. Vim à Câmara no dia 7 de dezembro de 1959, com o Projeto, às 9h30min, Lei nº 2022, a Lei dos Bairros, Lei que delimitava e oficializava os bairros de Porto Alegre. Então o trabalho ficou pronto. E na outra eleição também não fui eleito, fiquei como 3º Suplente, baixei mais. Aí apresentei o Projeto dos bairros, que está arquivado aqui, mas que tenho esperança de que um dia seja transformado em Lei. É um Projeto da minha experiência e da minha vivência com o povo de Porto Alegre. Quando ganhei, aqui na Câmara, observei que eu não podia fazer nada para diminuir o custo de vida. O primeiro Projeto do meu Partido, aqui na Câmara, foi em maio de 52, quando a Carris entrou em greve. Fazia 17 dias que a Carris estava em greve e eu ainda não sabia o que nós íamos fazer, então apresentei, por sugestão do Bolinha, o Ver. Antonio, o Projeto de Lei aumentando a passagem de 200 réis para 300 réis. Seria como de 20 centavos a 30 centavos. Aí quase apanhei aqui. Briguei, me chamavam de ateu, de ator, de tudo que é coisa bonita, e eu terminei derrotado de fato. Eu ia perder de 18 a 1, mas o Ver. Rodolfo, meu velho amigo, disse: “Vou votar contigo”. Votamos e perdemos, por 17 a 2. Mas está aí, ó, hoje está 60 cruzados a passagem. Eu era sempre um só Vereador contra toda Câmara, era líder, era patrão e até varredor da Câmara quando precisava. Eu era absoluto, sozinho, e a Bancada era eu, então, o que eu resolvia, estava resolvido, não se discutia mais. Mas foi uma luta imensa. Lutei sozinho contra os Vereadores, no bom sentido da discussão, porque não fiz inimigos, até pelo contrário, o Vereador que mais discutia comigo, o Ver. Sereno Chaise, ficou meu amigo e até me convidou para Secretário do Município. E como Secretário, fiquei 130 dias e a partir de 1º de março até mais ou menos 30 dias, nós enfrentamos a maior confusão, a maior bagunça que só imaginem, em Porto Alegre, o que era isso, o transporte dos desagregados, desorganizados, eu segurando de um lado e o Sereno de outro, mas cumpri com a minha missão.

Eu peço desculpas aos Senhores pelas minhas pobres palavras e quero que todos compreendam que já faz 25 anos que não falo – quer dizer falar eu falo todos os dias, mas não como orador – às vezes eu fico meio confuso e penso: será que estou falando mesmo? Mas, de qualquer maneira, esta é uma hora extraordinária para mim em comparecer a este Legislativo e receber esta Comenda, solicitada pelo Ver. Aranha Filho, filho de um grande amigo meu, Ver. Martim Aranha, e esta homenagem toda que estou recebendo eu devo à Câmara de Vereadores. Se eu fiz alguma coisa pela Cidade, isso é uma coisa que eu gostaria de concluir, pois com aquelas crônicas que burilei, aprofundei, pesquisei e, enfim, escrevi um livro. É um livro “Crônicas da Cidade”. Este livro não tinha qualquer pretensão e já está na quarta edição e me parece que é coisa boa, porque senão não teria tanta saída. Eu pretendo até o final do ano publicar outro livro, que será o melhor livro que fiz até hoje.

Desta maneira, encerro, Srs. Vereadores, agradeço pela atenção e peço desculpas por alguma coisa. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Senhoras e Senhores, neste final de tarde, creio que o Ver. Aranha Filho colocou bem o que sentimos depois de dias tão conturbados como estamos passando nesta Câmara Municipal e o final desta jornada toda não poderia ser melhor, recebendo aqui um ex-Vereador, Ary Veiga Sanhudo, que enquanto falava me trazia uma série de considerações e uma delas é que quando consigo escrever uma crônica em um jornal eu tiro cópias e envio para toda a família para que eles conheçam o que seu filho escreveu. Ele escreveu mais de mil crônicas e acha que não escreveu nada. Também aprendi hoje uma palavra que o Ver. Aranha Filho trouxe, epistógrafo, que essa eu não conhecia. Mas, hoje é uma Sessão extremamente rica, para que todos conheçam esta figura que eu só conhecia pelos jornais. O Ver. Aranha já colocou a estafa, os problemas que os Vereadores apresentaram, e por isso, a pouca presença. Mas, também, creio que alguns deles falaram com o ex-Vereador Ary Veiga Sanhudo, e ao descobrir que ele ganhou por 6 votos a sua primeira eleição e perdeu por 11 votos a segunda, talvez explique algumas ausências, pois estamos em pleno processo eleitoral, onde todos tentam conseguir 6 votos e não perder os 11.

Em nome do Presidente Brochado da Rocha, queria dizer que é uma grande satisfação, pois é a primeira Sessão Solene que presido nesta Casa, e a Sessão Solene que dá um título para o Dr. Ary Veiga Sanhudo, que é uma legenda nesta Cidade, presente na Mesa com sua esposa, Sra. Zilda Montenegro Sanhudo; Dr. Cileno Montenegro Barbosa; Dr. Paulo Emílio Barbosa, que representa o Dr. José Sanfelice Neto; Jornalista Nelson Queiróz, que representa neste ato o Jornalista Alberto André, Presidente da Associação Rio-grandense de Imprensa, e toda a família e amigos do homenageado, família que quer homenageá-lo, também, e convido a Sra. Oraina Sanhudo para que, em nome da família, e principalmente dos filhos, traga ao homenageado a sua lembrança desta data tão importante para todos nós.

 

A SRA. ORAINA SANHUDO: A emoção é muito grande, ainda bem que todos são amigos.

Pai, após a formalidade de haver recebido o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre, quero em nome da nossa família te dizer umas poucas palavras. Poucas, porque a emoção não dá para falar muito e as palavras não traduziriam o que vai ao coração.

Em primeiro lugar, quero te dizer do orgulho que temos de ti, principalmente, pelo que alcançaste como cidadão, como profissional e como político.

Em segundo lugar, por tudo que tu fizeste por nós ao longo desses anos com muita bondade e com muito amor. E tu, pai, fizeste tanto que honestamente, nem sei, neste momento, o que eu poderia dizer para te agradecer. A tua bondade, os teus bons exemplos, desenvolveu o que todos proclamam, que é o direito dos homens. Então, por tudo aquilo que tu nos ofereceste até agora, por tudo o que tu nos deste, por tudo que tu conquistaste, e em especial pela data do dia de hoje, por esse título que agora tu recebes, o nosso muito obrigada. Nós consideramos uma raridade esse título que tu recebes.

Agradecemos, também, a pessoa do Dr. Aranha Filho, brilhante homem de rara sensibilidade, que soube tão bem enaltecer o teu trabalho nesta Casa, e propor aos seus colegas de vereança, que outorgassem esse título de Cidadão Emérito. Acredito, também, Dr. Aranha Filho, que o senhor foi movido pela admiração do seu falecido pai, Ver. Martim Aranha, um grande amigo de meu pai, contemporâneo, e que muito fizeram por essa grande Porto Alegre. Por isso, vou tentar colocar algumas palavras nessa placa que hoje nós oferecemos. Diz ela: “Pai, quando a Câmara de Vereadores presta esta homenagem conferindo o título máximo de Cidadão de Porto Alegre, nós, tua família, sentimo-nos muito orgulhosa. E como pai, esposo e avô, também o consideramos emérito de nossas vidas”. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

(Faz a entrega da placa.)

O SR. PRESIDENTE: Depois deste discurso, desta demonstração de amor familiar, creio que nada mais nos resta a dizer, senão agradecer a presença dos Senhores e Senhoras, que nos deram a honra do seu comparecimento.

 

(Levanta-se a Sessão às 18h03min.)

 

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